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domingo, 25 de agosto de 2013
Achei que você tinha certezas no bolso da camisa. Vi que não, coloquei a mão na bolsa pra procurar alguma pra te emprestar e não encontrei. No lugar delas, gloss, caderninhos, lenços de papel, chaves, canetas, carteira, corretivo, óculos e mais um monte de cacarecos que carrego. Nem sinal de certezas. Se eu tivesse, quero dizer pra você, eu te dava. Não empresto nada, eu dou. Deve ser porque me dou, vivo me dando, acho que é por isso que sofro tanto com as coisas. Gostaria de me dar menos. Vou anotar isso pra, de repente, pedir de Natal. Se eu me comportar e for uma boa menina pode ser que o bom velhinho me dê o me-dar-menos de presente."
— Clarissa Corrêa.