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sábado, 24 de agosto de 2013

Do amor impossível, suportar e seguir...


Depois de ter suportado tudo, ela sentiu que precisava pensar um pouco mais em si, ser a própria luz no caminho escuro, tornar-se um tanto  egoísta talvez.  Desde então, mudou o rumo das coisas e finalmente atinou para tais objetivos.  
Mas como haveria de ser agora? Sem ele, sem aquela presença constante, sem o abraço confortável, o carinho e cuidado, que pra ela, sim ao menos pra ela, existia de verdade. 
Ele não estava mais ali...  E era preciso aceitar isso, olhar no celular e não ver o alerta de mensagens indicando aquele número de telefone, que pela força do hábito não sairia da sua memória por tão cedo.  Dessa vez não haveriam registros,  nem  ligações no meio da madrugada a chamando carinhosamente por qualquer um daqueles codinomes carinhosos que costumam criar os casais apaixonados... 
Ela gostava da inquietação louca que lhe causava aquele amor! Tomava-lhe todas as energias, e a fazia viver só “para ele”, mesmo que fosse por  pensamentos, numa dessas horas do dia, em que não se pode estar junto apenas por conta dos afazeres de uma rotina diária. 
Mas toda aquela energia gasta era em vão, os impedimentos iam além de toda a complexidade, e ela começava a considerar que seria quase impossível viver aquele amor. Havia uma grande “teia” de forças contrarias, dessas feitas por muitas aranhas venenosas.  E logo ela, não aprendera a brigar pelo que era tão difícil... achava que as vezes seria  mais seguro recuar.
Foi então que decidiu  ser racional, sim, as vezes as pessoas conseguem!  O amor tem dessas coisas, nem sempre é possível usar só o coração, porque nessas circunstancias ele fica teimoso a beça!  E além do mais, era preciso considerar que: Ela precisava pensar nela; e no quanto aquele relacionamento lhe trazia conflitos, lhe tirava a própria identidade...  Embora houvesse vivido momentos incríveis inesquecíveis, e todos os outros “íveis” pertinentes à classificação de algo bastante intenso.
Ela tinha o cheiro dos desejos dele...  E ele a trazia um toque, que lhe arrepiava a pele inteira...
Era tempestade de sentimentos, pois também constantes eram os conflitos, mas, por pura ironia controversa, os mesmos eram exatamente proporcionais à intensidade do amor e do desejo que sentiam um pelo outro...  Eram voluntariamente atraídos, imã e metal... e difícil mesmo era manter alguma distancia, exatamente por conta dessa mistura de sentimentos que os atraía, pelo caos seguido de paz que proporcionavam um ao outro. 

O fato é que haviam se apaixonado, da forma mais intensa que isso possa acontecer, e ela sabe o quanto essas coisas demoram em se desfazer, mas ainda assim, decidiu seguir, embora sozinha, mas, sobretudo, portando uma vontade exímia de ser feliz, percorrer os caminhos, lutar a vida, e achar o bosque das frutas maduras... Ela sabia que era preciso “garimpar o ser”  pois dentro dela havia uma pedra preciosa, mas ainda em estado bruto, pronta pra ser lapidada, talvez  por um novo intenso amor.

JFA.